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    Deu zebra!?

    por Leandro Bitar

    Jai Hindley é o campeão do Giro d’Italia 2022. O australiano defendeu a maglia rosa no contrarrelógio final em Verona e deu a primeira vitória na grande volta italiana para o seu país e também a primeira para a sua equipe, a Bora-Hansgrohe. Como esperado, Richard Carapaz (INEOS) foi 7s melhor do que ele no TT, mas incapaz de reverter o prejuízo do sábado nas Dolomitas. O vencedor da etapa foi o italiano Matteo Sobrero (BikeExchange).

    Hindley chegou esse ano na Bora para se tornar o primeiro australiano a vencer o Giro

    A “Era Peter Sagan” ficou para trás e a Bora não viveu sequer o luto pela saída do seu maior nome nos últimos anos. Da maglia ciclamino do eslovaco em 2021, o time alemão saltou para o título da maglia rosa. Não foi apenas a mudança da cor da camisa, mas de toda a mentalidade da equipe, que se mostrou exemplar ao serviço daquele que foi o ciclista mais forte do pelotão, o australiano Jai Hindley.

    Hindley escreveu seu nome na história e no troféu mais bonito do esporte

    Neste domingo, o piso molhado e a subida de 4,5km teriam tornado o contrarrelógio final bem emocionante. Mas as grandes diferenças de tempo entre os favoritos deixaram a disputa protocolar. Nenhuma mudança relevante na classificação. Junto com Hindley no pódio final, os mesmos dois nomes que rivalizaram com ele em todas as etapas: Richard Carapaz e Mikel Landa (Bahrein).

    O italiano esbanjou tecnologia com uma Giant sem freios a disco.

    O italiano Matteo Sobrero fez uma grande apresentação para vencer a etapa. A segunda vitória na carreira, depois do título italiano na mesma modalidade no ano passado. Não é fácil vencer como contrarrelogista na terra de Pippo Ganna. Hoje deu bom. De quebra, foi a terceira vitória da BikeExchange no Giro (e importantes pontos da equipe na briga pelo rebaixamento no WorldTour).

    Demare, bicampeão da ciclamino e francês com mais vitórias na história do Giro

    As classificações secundárias também confirmaram aqueles que defenderam a camisa até aqui e expressam com justiça o desenrolar das etapas. O francês Arnaud Demare, com três vitórias de etapa, levou a maglia ciclamino (por pontos).

    Bouwman chegou a crono final campeão e só precisou cruzar a linha de chegada

    Koen Bouwman (Jumbo-Visma) se tornou o primeiro ciclista dos Países Baixos a levar a maglia azzurra (melhor escalador). Ele conquistou o prêmio com duas vitórias de etapa e muita presença nas fugas.

    O jovem Lopez foi o único que perdeu uma posição na crono final, mas se manteve no top10

    Por fim, a maglia bianca ficou com o espanhol Juan Pedro Lopez (Trek), primeiro espanhol a atingir tal feito. O jovem de 24 anos foi muito valente depois de muitos dias na liderança da prova e se valeu também, claro, do abandono de João Almeida, que testou positivo para Covid.

    Tubarão fechou seu último Giro em 4o. Grazie, Vincenzo!

    Para saber mais sobre a grande volta italiana, convido vocês ao Gregario Radio desta segunda-feira, ao vivo, 12h. Onde podemos trocar uma ideia sobre as suas impressões (e as minhas) sobre a primeira grande volta do ano.

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