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    Petrópolis é o epicentro do MTB mundial.

    Campeã Olímpica, Jolanda Neff é uma das grandes estrelas na Copa do Mundo do Brasil

    Provavelmente você vai ler esse texto em meio aos inúmeros posts com a vitória da campeã olímpica Jolanda Neff diante de inúmeras outras grandes ciclistas, como as campeãs mundiais Evie Richards (XCO) e Sina Frei (XCC) na pista montada no São José Bike Club  em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Esse trio, e muitos outros importantes nomes nacionais e internacionais competiram neste domingo (3/4) na Copa Internacional de Mountain Bike, de olho na adaptação para a 1a etapa da Copa do Mundo, que esse ano acontece aqui no Brasil com finais a partir de sexta-feira, 8/4, com o Short Track.

    Novamente campeão mundial, Schurter pode inscrever seu nome na história quebrando o recorde de vitórias em Copas do Mundo

    No “camarote” da CIMTB, outros tantos nomes tão pesados quanto, que pouparam as pernas para o fim de semana seguinte. Principalmente, aqueles que competiram o Cape Epic, como Nino Schurter e Pauline Ferrand-Prevot. Outro que descansou para manter o foco é o brasileiro Henrique Avancini, nosso grande representante e que dá nome ao circuito de 4,5 km e 200m de desnível acumulado por volta. Além de principal aposta, Avancini é também um agente transformador. Peça essencial nesse quebra-cabeças que trouxe de volta as estrelas ao Brasil.

    Avancini tem a torcida e a pressão de correr em casa, SOCA A BOTA AVANÇA!!!!!!

    Assim como a Copa do Mundo de Futebol 2014 e a Olimpíada do Rio 2016, o país já sediou também a Copa do Mundo de MTB. A última foi em 2005, em Santa Catarina. Era um momento diferente do MTB Brasileiro. Apesar de Jaqueline Mourão ter vencido uma etapa do circuito de Maratona naquele ano, o grande astro do MTB brasileiro era do Downhill, Markolf Berchtold. Na prova disputada em Balneário Camboriú, vitórias do espanhol José Hermida e da norueguesa Gunn-Rita Dahle. Tem uma galeria de fotos do evento bem legal no pedal.com.br


    Hoje a cena local é muito mais forte. E uma prova disso é o próprio CIMTB que daquela época para cá se solidificou como um evento relevante, que sempre conta com estrangeiros de bom nível e tem o reconhecimento da UCI com um dos poucos eventos HC do calendário, com a etapa de Araxá. Rogerio Bernardes, o organizador da prova, também assumiu a coordenação da Copa do Mundo, em outra indicação da credibilidade da modalidade no Brasil.

    O Brasil Ride é outro grande evento que colocou o MTB brasileiro no mapa

    Sempre que se fala em grandes eventos, surge junto a palavra LEGADO. O que fica depois? Aprendemos que o Brasil aproveitou pouco do que poderia ser o legado dos eventos anteriores. Desta vez, a sensação é que a Copa do Mundo de MTB é a cereja de um bolo. É algo que a modalidade fez por merecer. Um sinal da maturidade do MTB nacional e a possibilidade de um novo passo na evolução de todo o circo envolvido.

    Além dos grandes patrocinadores oficiais do evento, o espaço da “arena” está tomado por importantes marcas. Todos querem aproveitar o momento para se aproximar dos mountain bikers consumidores. Infelizmente, o medo do Covid não deve permitir muitas ‘intimidades’. Um exemplo legal que nos enche de orgulho é o anúncio do novo uniforme da equipe Santa Cruz, que agora tem o patrocínio da IQCycle. Um tema que ainda falaremos outras vezes por aqui. Outro que vale citar envolve um gregário. A Oggi vai distribuir uma série de caricaturas dos seus atletas elaboradas pelo artista Hudson Malta. Do ponto de vista comercial, a Oggi também deve oficializar a representação da italiana Wilier no Brasil, inclusive, montando as bicicletas por aqui. E a lista vai longe.

    Para o público comum, fazer parte dessa festa da Copa do Mundo não é barato. Além dos custos de hospedagem e deslocamento, a organização vendeu o passaporte para os 4 dias de evento partindo de R$ 400. Muita gente reclamou, mas a expectativa é de 20 mil pessoas passando por lá. E aí é legal pensar na contrapartida que esse evento pode trazer para a economia da cidade de Petrópolis, tão prejudicada pelas fortes chuvas do mês passado.

    Quem não pode fazer esse investimento vai contar com as transmissões da Red Bull (talvez o último ano gratuito também ☹). Vale ainda ficar ligado nas mídias sociais dos atletas. Entre uma escorregada e outra, como a foto da Yolanda Neff com capa de chuva, tem muita coisa legal das vivências deles no Brasil. O aposentado e hoje técnico francês Julien Absalon postou umas fotos pedalando em São Paulo. Kate Courtney fez a alegria da galera ensaiando uns saltos na pista.  E o mais importante. A Copa do Mundo deve reforçar a nossa esperança no futuro. Um passo enorme para a história do Mountain Bike brasileiro. Voltando ao legado, historicamente, quem não se deu a chance de curtir os grandes eventos, cultivou um lamento que ainda vai perdurar por muito tempo. É Copa do Mundo, galera!

    A lista oficial de atletas inscritos na Copa do Mundo ainda não saiu. Mas estará disponível aqui

    Você também pode acompanhar os resultados da Copa Internacional de MTB aqui

    O Gregario MTB PASS também tem uma cobertura fotográfica dessa semana histórica. Siga

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