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    Fayetteville 2022

    por Leandro Bittar

    Primeiro, precisamos confessar a frustração sobre toda expectativa gerada – e escrita aqui no Jornal – https://blog.useiq.com.br/ciclocross-e-um-presente – sobre o embate galáctico entre Mathieu Van der Poel, Wout Van Aert e Tom Pidcock na temporada de ciclocross. No fim das contas, o holandês correu apenas duas provas e voltou para o estaleiro com dores nas costas, o belga dominou um bom período do calendário, mas optou em parar para focar nas clássicas de Estrada. Resta no páreo o Tom Pidcock, que não fez feio, mas tampouco foi arrasador em suas exibições.

    Os embates do trio ficaram para as provas de Estrada

    Ressalva feita, todo o resto se confirmou e eu espero que você tenha assistido ao menos uma das provas deste ano. Se não o fez, o Mundial é o momento perfeito para isso. A disputa será nos EUA, em Fayetteville, no estado de Arkansas. É a segunda vez que a camisa arco-íris será disputada no país. A primeira foi em 2013 e curiosamente dois holandeses que fizeram pódio naquela edição estarão nos eventos do fim de semana. Lars van der Haar (bronze) e a incrível Marianne Vos, que naquele ano venceu o sexto dos seus sete títulos mundiais.

    Vos dosou suas forças e levou a melhor no holandês

    Marianne é uma das grandes favoritas e pode retomar a arco-íris depois de oito anos. Para isso, ela terá como principal rival a atual campeã mundial e do circuito da Copa do Mundo, Lucinda Brand. Correm por fora um número grande de jovens ciclistas, com destaque para a húngara Kata Blanka Vas, única ciclista nascida nos anos 2000 que vai largar na Elite.

    Iserbyt foi o ciclista que mais comemorou esse ano. Falta a arco-íris.

    No masculino, Tom Pidcock é a grande estrela, mas seu protagonismo não reflete tanto assim uma superioridade e outros nomes podem aproveitar esse breve vacilo no domínio Van Aert/Van der Poel. O principal deles é o belga Eli Iserbyt, campeão do circuito da Copa do Mundo vencendo 7 das 15 etapas, incluindo as duas últimas.

    Como foi dito aqui no post anterior, o ciclocross ainda é um evento muito restrito, ‘Flemish’ foi a palavra que usamos. Belgas e holandeses dominam os primeiros lugares e no Mundial não será muito diferente. Entre os 45 ciclistas da elite masculina e 39 da feminina inscritos, apenas EUA e Canadá representam os não-europeus. Com as categorias de base e considerando também a distância do local do evento (os belgas transportaram 9 toneladas de equipamento. Imagine o custo!) as coisas se equiparam um pouco e 21 países serão representados. A maior delegação será dos EUA, com 38 inscritos. Dois mexicanos e um costarriquenho estão inscritos nas categorias de base e significam “o resto do mundo”. 

    Para piorar, o avanço da Covid19 fez muita gente ficar de fora. Quinten Hermans, que venceu a etapa da Copa do Mundo de Fayetteville é um dos que testaram positivo e não disputarão a corrida. Algum outro nome ficar de fora em cima da hora não está descartado. 

    O site do evento é rico em detalhes e agenda completa dos eventos você confere AQUI. A prova da elite feminina será no sábado e a masculina no domingo. As duas começam no mesmo horário, 17h30 aqui no Brasil. A transmissão será no site da UCI e eu recomendo a cobertura do Bikeblz, que comenta a prova em português com muita autoridade na página deles no youtube:

    ELITE FEMININA
    ELITE MASCULINA

    E para aquecer os motores, confira o vídeo feito no circuito da prova!

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