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    Ah… o Tour de France.

    Bem, o Tour completou uma semana e pareceu, literalmente, que o mundo deles, os atletas, acabaria antes do primeiro domingo. Foi tombo pra tudo que é lado, resultados espetaculares; enfim, na minha humilde opinião, o melhor tour desde a era Contador/Schleck.

    Começamos a semana com o arco-íris ficando amarelo, o renascimento do sonho francês em ter um vencedor do Tour está jogado nas costas do Alaphilippe. Julien é um dos ciclistas mais talentosos da sua geração, chego até e sugerir que possa ser o sucessor do melhor ciclista dos últimos 15 anos, digo pelo currículo de resultados, el señor Bala, o grande Alejandro Valverde, que não me admirará se aprontar uma surpresa de mais uma vitória de etapa este ano.

    Mas a parte inesquecível da primeira etapa ficará marcada por conta de um ser humano imbecil, a mulher da capa de chuva amarela, que infeliz. Colocou quase todo o pelotão no chão, gerou prejuízos imensos para às equipes, tanto sob ótica estratégica, pois muitos ficaram seriamente escoriados e outros até abandonaram a prova, como financeiro, foram milhares de dólares pro ralo. E tudo isso por quê? Mais uma vez na minha humilde opinião: pelo atual mal do século, a necessidade de satisfazer o ego e aparecer “bem” nas redes sociais. Essa pessoa deveria ser presa e condenada a prestar serviços o resto da vida, surreal.

    O francesinho cedeu le maillot jaune no segundo dia pro neto do Pou Pou, o impressionante Mathieu van der Poel, o novo Sagan? Sei lá, sei que o cara é um monstro, o Rodrigo Hilbert do ciclismo profissional. Ciclocross: foda. MTB: foda. TT: bem bom pra caramba. Road: Foda. O cara faz tudo bem, esse eu sou fã. O mais legal, lutou pela amarela para realizar um sonho, ser o primeiro da família a vestir o maillot. Sim, o avô e o pai correram o tour algumas vezes, Pou Pou, o Polidor, seu avô, ganhou várias etapas, mas nunca conseguiu ter o gosto de vestir a camisa de líder. Mas MDVP tá aí pra isso, vovô Pou Pou.

    Mur-de-Bretagne Guerledan – France – wielrennen – cycling – cyclisme – radsport – pictured during 108th Tour de France 2021 stage 2 from Perros-Guirec to Mur-de-Bretagne Guerledan (183.5KM) on 27/06/2021 – photo POOL/Cor Vos © 2021

     

    Pra quem só almejava vestir a amarela, foram 6 dias com ela, bastante tempo, e todos que acompanham o ciclismo sabiam que a intenção de Mathieu não era vencer o Tour, pelo contrário, o plano era abandonar o tour logo no início para se preparar para as Olímpiadas. Ah… ele vai correr a prova de Road no monte Fuji?? Não meu filho, ele provavelmente vai brigar pelo ouro no MTB XCO. Mathieu Hilbert tá impossível, e ainda disse que o último objetivo do ano é roubar a arco-íris do francesinho. (smile de espanto kkkkkkkk)

    A terceira etapa ficou marcada pela chegada do trem da Alpecim, deixando descarrilhado o mini sprinter australiano que, infelizmente, se arrebentou todo e deixou o Tour.

    O dia da quarta etapa será inesquecível para muitos apaixonados e saudosistas deste belo esporte, a lenda britânica Marck Cavendish voltou a vencer depois de quase 1 século de seca.
    Foi foda, só tem essa palavra pra descrever o feito desse cara. Na frente dele, nos números de vitórias de etapas do Tour, só um cara, um tal de Eddy Merckx, conhecem?

    O primeiro TT foi no quinto dia do Tour, foi espetacular e deixou claro quem é quem da fila da baguete. O sul-americano cotado como um dos favoritos para esse ano, Richard Carapaz, foi apenas o 23º colocado ficando a 1m29s do grande vencedor do dia, Tadjei Pogacar. Esse menino não é de Deus não, vixe. E mais um desempenho sensacional do MDVP o garantiu mais dia com a camisa amarela.

    Estágio 6, etapa pra sprinters, na falta do mini australiano, a lenda mais uma vez segurou o capacete com as duas mãos (gesto típico de Cavendish em suas vitórias).

    Chateauroux – France – wielrennen – cycling – cyclisme – radsport – Mark Cavendish (GBR / Team Deceuninck – Quick Step) – Jasper Philipsen (Belgium / Alpecin-Fenix) – Cees Bol (Netherlands / Team DSM) – Tim Merlier (Belgium / Alpecin-Fenix) – Nacer Bouhanni (France / Team Arkea Samsic) pictured during 108th Tour de France 2021 stage 6 from Tours to Chateauroux (160.4KM) on 01/07/2021 – photo POOL/PLG//Cor Vos © 2021

     

    O estágio 7 foi meio sem ação, digo da minha parte, não vi direito então vou ecoar meu direito Glória Pires de não opinar.

    Na oitava etapa tivemos o segundo brilho de uma mente “com” lembranças. Pogacar deu as caras num ataque sensacional e largou geral de roda, arrematando a amarelinha e mostrando pro mundo que a disputa deve mesmo ficar pelo segundo lugar. E lá na frente, na ala dos lutam por vitórias de etapas, um Dylan Tenus perfeito arranca sua Vitória com V maiúsculo.

    Brian O’Connor, o nome da nona etapa depois de Pogacar, claro, porque o cara mais uma vez humilhou a concorrência, dizem na boca pequena que o todo poderoso Brailsford, manager da toda ponderosa Ineos Granadier chorou, pegou sua Bicicleta e disse que queria ir embora que a corrida era dele e que não tinha mais corrida. KAKAKAKAKA brincadeira, tudo mentira.

    O que não foi mentira na primeira semana é que no ciclismo pro tour existe uma múmia, que além de múmia é azarada, sim, estamos falando de Primoz Roglic. Temos um ex poker face, vestindo a camisa de bolinhas, achei muito duka, Quintana é história do ciclismo moderno.

    Bem, pra uma semana tá bom né? A semana dois começou hoje, dizem que amanhã tem uma etapa complicada, bora de roda ver os meninos e suas magrelas e que nenhum self-fã estrague mais o brilho do super bowl do ciclismo.

    Allez, allez, allez.

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